segunda-feira, 21 de junho de 2010

FRASES DE SARAMAGO

"Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro"

"Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: Dar voltas"

"Para temperamentos nostálgicos, em geral quebradiços, pouco flexíveis, viver sozinho é um duríssimo castigo"

"O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas"

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos"

"O talento ou acaso não escolhem, para manisfestar-se, nem dias nem lugares"

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais"

"Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas já eu teria desistido da vida"

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"

"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia"

"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio"

"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória"

"Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma"

¨ Viver é estar aqui, morrer é não estar mais aqui ¨
Seu corpo fui cremado dia 20/06/2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010


As vergonhas da fome
LYGIA

Vez em vez, e sempre aos domingos, converso longamente ao telefone com Lygia Fagundes Telles, a quem o saudoso Caio Fernando Abreu chamava de "fada-madrinha". Ela é, sem erro, a primeira-dama da literatura brasileira, o equivalente, para nossas Letras, a Fernanda Montenegro. Uma quanto a outra, diga-se logo, exemplares em sua simplicidade. Não foi de outro modo domingo passado, com a diferença de que colho os seus 86 anos (!) numa azáfama invejável: Lygia às voltas com a revisão de sua obra que está sendo reeditada pela Cia.das Letras. Aliás um dos grandes acontecimentos editoriais deste ano no Brasil. De Ciranda de Pedra, o romance com que estreou em 1954, ao Conspiração de nuvens lançado recentemente.Em nossa conversa não poderia deixar de vir à tona a tragédia que a abalou ...
19/07/2009 às 00:00:00 - Atualizado em 17/07/2009 às 21:49:45

As vergonhas da fome

"A fome de um único homem/no mundo/é a minha fome." Os versos do a cada dia mais esquecido poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht, me vêm à lembrança, ao saber, na semana, da uma estatística estarrecedora. Segundo a ONU, 1 bilhão é o número - aproximado - , de famintos a habitar a Terra, até o final deste 2009. Como diz Anna Karina, em "Pierrot, le fou", de Godard, (né mesmo, Almir Feijó?), ao ouvir no rádio do velho Peugeot, o número de vietcongs mortos na guerra do Vietnam: "Um absurdo que isso seja uma estatística!". E ficam sendo, leitor, só isso: abstrações, frios números que nada falam da tragédia, individualizada, de uma pessoa.Acho que os humanos de boa vontade não suportaríamos sequer imaginar o que há por trás de ...
12/07/2009 às 00:00:00 - Atualizado em 10/07/2009 às 21:45:31

As artes de Coyote

Ao final de cada estação do ano tenho a grata surpresa de receber em minha porta, gentil leitor, uma das mais bem elaboradas revistas de literatura e arte do Brasil, talvez única em seu gênero, que é a muito nossa Coyote (revistacoyote@uol.com.br). Fundada pelo impagável trio de poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes, em Londrina, a revista acaba de atingir a 19.ª edição, numa trajetória, até aqui, que a coloca como referência do jornalismo cultural feito no País. Não poderia ser diferente com o número de outono, distribuído nacionalmente pela editora Iluminuras, desde meados de junho. Da capa à contra-capa, ainda outra vez, Coyote diz, alto e bom som, a que veio. Acho que gozo alguma autoridade para falar da matéria. Vivi, e sofri, epifanias e angústias.[O Estado do Paraná – 03/06/2010 –
www.parana-online.com.br]